BRUXA

Você que se tornou uma mulher
Cada vez mais madura
Que realiza coisas
Que pressente
Que tem astúcia
Sa aura é tão forte
Alma de sacerdotisa
Que mexe o corpo
E hipnotiza
Com a sua dança
Todos se contagiam
Enaltece as outras bruxas
Forma coven
Faz prece para lua
Percebe que as mulheres são mais fortes unidas
Que homens se curvam aos seus pés
E você os pisa
Filha da lua que não tem medo da noite
Que se camufla no escuro
Que mostra aos outros o que há no oculto
Sua alma
Sua aura
Emanam
Mulher você pode
Mulher você desperta
Mulheres que fogem ao controle dos homens
Somos bruxas
E temos poder

LSD

É como se você despertasse
Para outra realidade
Estivesse ainda mais acordado
Na surrealidade
O que é invisível aos olhos
Resolve aparecer
Mundo derretendo em colorido
E eu talvez derretida por você
Por você e todos a minha volta
Um amor puro
Como crianças
Brincando de ciranda
Me leva a esquecer
E aprender
Tudo se torna mais real
Sua imaginação
Sua audição que cai em distorção
Mas tudo faz sentido quando se está em paz com o seu coração
Muitas histórias a contar
Muita loucura pra raciocinar
Talvez sejamos os aliens em uma bolha ou em um planeta isolado
O céu está colorido e seus olhos dilatados
Talvez o ser humano não saiba lidar
Proibindo a própria descoberta
Desse ácido magnífico
Que nos faz enxergar coisas em específicos
Quem provou já sabe
Deve se ter cabeça
Para que a mandala floresça
Para estar preparado pra pareidolia que apareça
Nesse mundo louco e colorido
Só os hippies, gênios e excêntricos embarcam
Se estiver disposto te guiarei
O que é bom não deve ser guardado
O futuro não existe pra quem vive o agora
O universo é muito grande para conhecermos apenas essa dimensão
Venha comigo
E tente ficar são

AEHOOOOO

Olá, depois de tanto tempo venho aqui e tentarei formular um poema agora mesmo.


Nesse infinito, milhões de estrelas
Fui achar vocês nesse planeta
No mundo que cada vez menos se usa uma caneta
Em que a tecnologia faz parte da nossa vida
Vocês vivem como se não houvesse necessidade dela
Ciganos são vocês, malandros que de nada tem medo
E cá estou depois de tanto tempo em busca de libertação
Da minha própria subordinação
Eu os observo sem conseguir dizer nada
Apenas com receio de não ser tão madura quanto vocês
Mas me tratam bem
E eu levo de vocês uma lição de vida
Enquanto pareço ser observadora de outras vidas
Busco a própria rendição na minha
Entre brisas boas e ruins
Não desisto de viver e continuo vivendo sem muitos afins
Planos futuros não me convém
Apenas o agora no infinito de estrelas