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Venho do paralelo
Não consigo achar o elo
Aqui eu não vivo em um castelo

O castelo é necessário
Para sair do mundo,
para esquecer os comentários.
Ando escrevendo um diário...

No mundo contrário
Não preciso de salário
Não tenho adversário
Não faço aniversário

No diário ainda hei de encontrar
pistas pra ir para esse lugar
Mas enquanto não achar
O mundo gira sem parar

Com o mundo girando
Meus pensamentos vão mudando
Mas não estou mais suportando

Perdendo a sanidade
sem chegar a insanidade
Sem felicidade

Vou percebendo de que nada preciso
Vou no improviso
Percebo algo no meu sorriso

Ou a falta dele
Não preciso mais tanto dele
E se está lá, tem algo de errado nele

Eu não sinto mais
E não desisto jamais
Acredito demais

Mas acreditar já é o bastante?
Aonde eu vou parar no próximo instante?
Eu acho que vai ser distante

No fim não importa
Só preciso abrir a porta
Vou estar morta

E no fim não existe fim
Pelo menos não para mim

(Nathalie Grace)