quarta-feira, 18 de julho de 2012

Contos da Solitária (3)

O homem comprido.

Mais uma vez estava na minha varanda, na rede, com o meu notebook. Como achava que estava fazendo coisas enquanto dormia, dessa vez ia deixar uma câmera e se isso fosse mesmo verdade, eu ia procurar um médico ou ajuda... nunca na minha vida eu tive esse problema. No notebook eu estava lendo de novo sobre uma das lendas que eu mais gosto, o Slenderman. Apesar de já saber que foi criado em um concurso de fotografia e photoshop... mas li também sobre muitas pessoas que acabaram vendo essa figura de verdade. Eu tenho medo dele, mas ao mesmo tempo acho tão legal que queria ser amiga dele. Que sono... acho que vou deixar o computador aqui do lado mesmo e cochilar. Acordei com um grito que vinha da portaria, do meu prédio. Eu fui olhar da minha varanda. Vi o porteiro correndo e vi ele... aquele homem de terno, com braços e pernas maiores do que deveriam ser e com tentáculos pretos então, ele olhou pra cima e me viu. Fiquei com um medo horrível, ele estava entrando no prédio. Não sabia se me escondia, ou se tentava conversar. Ele não ia querer ser meu amigo com certeza e acho que também não ia adiantar muito se esconder. E será que ele ia conseguir entrar no meu apartamento? Então eu ouvi os passos no corredor. A porta se destrancou sozinha. E eu não tinha mais escolhas. Fiquei frente a frente com ele na minha sala. Era assustador. Então resolvi tentar falar..
- Por favor me escute, eu tenho poucos amigos e adoraria ter um amigo como você.
Nessa hora seus tentáculos negros que saiam de suas costas e seus braços e dedos se esticaram na minha direção. Isso foi um não como resposta e eu sabia o que acontecia quando ele fazia isso, eu ia ser mandada pra uma dimensão escura ou ele ia me matar pelas coisas que já tinha lido.
Então tudo ficou negro, e eu acordei, estava na minha rede. Que pesadelo. Ainda era de noite, por culpa do pesadelo fiquei com medo e não dormi mais. Olhei o notebook que ainda estava aberto na página do Slenderman e lembrei da câmera ligada. Fui assistir, na filmagem vi que levantei, olhei da varanda pra baixo e fui pra sala, deu pra ouvir a minha porta abrindo e eu falando sozinha. Logo depois a imagem fica ruim e eu apareço de novo sentada na rede e acordando... o Slenderman teria me matado não é mesmo? Então eu ando mesmo levantando e fazendo coisas sozinha enquanto eu durmo. Não tinha nada demais na filmagem mesmo, mas dava pra ouvir o grito do porteiro de longe. Passou uns dias e eu não vi mais aquele porteiro, entrei no elevador com uma senhora e resolvi perguntar pra ela se ela sabia alguma coisa dele. Ela disse:
- Aquele maluco que gritou no meio da noite? Dizem que ele se demitiu por ter visto algo na portaria do prédio...
Fiquei pensando se ele viu o que eu vi e se eu não era sonâmbula como pensava. Mas por que essas coisas especiais só iam acontecer comigo né?...

Depois de ter pensado nesse conto eu realmente cochilei e acabei sonhando que eu estava tomando banho e  saia voando do meu banheiro de toalha kkk e quando eu vi eu estava nesse apartamento que eu imagino, olhei pra varanda e olhei pra porta e na porta tava o Slenderman O_O' e ele esticava os braços e me dava um abraço que não sei se era de amigo ou era pra me matar, quando acordei eu percebi que eu estava com um monte de cobertor amontoado no pescoço, por isso senti aquele sufoco KK

Frase

"Pra mim não existe isso de passado, presente e futuro. Existem fases, aliás a vida é só uma delas."

(Nathalie Grace)

Isso é o que eu acho...

Contos da Solitária (1)

Eu tenho muita preguiça de escrever aqui no blog e quando vou escrever eu acabo esquecendo metade do que eu ia escrever. Mas vou tentar.

O Dragão.

Todo dia quando chegava no meu apartamento, eu tomava um banho e ia fazer alguma coisa se não estivesse com muito sono, adorava ir pra o computador, mas tb gostava de ficar na varanda onde tinha a minha rede e o meu suporte de incenso que era um dragão, pois eu adoro coisas que as pessoas dizem que não existe. Naquele dia eu estava muito cansada e resolvi ascender um incenso e ficar lá olhando o céu e a fumaça do incenso. Logo dormi. Quando acordei meu dragão não estava lá, e eu estava procurando uma explicação pra ele ter sumido... então olhei pra lua e vi a sombra de um pássaro bem de longe, se aproximando, percebi que não era um pássaro e que estava ficando muito maior do que parecia ser. Estava vindo na minha direção e fui ficando assustada, mas não sai de lá. Ele parou bem na frente da minha varanda. Era cinza e tinha aqueles olhos que eu sempre imaginei na minha mente.. lembrava os olhos daquele boneco dos jogos mortais. Mas se aquele dragão era do jeito que eu queria, então ele era meu? E por que ficou lá parado na minha frente sem me atacar? Senti que devia ir com ele, fui mudar de roupa porque não queria subir no meu dragão de pijama. Então ele se aproximou mais e eu subi, me agarrei nele pra não cair, eu estava com muito medo da altura... ele começou a voar e o meu medo piorou, eu estava tremendo e agarrada tão forte.. que ele acabou percebendo que eu não estava bem e começou a voar mais baixo e mais devagar. Quando olhei pra baixo vi as poucas pessoas que tinha na rua aquela hora olhando, espantadas, paradas, com a boca aberta. Comecei a me divertir a partir dai, e como o dragão já não estava voando tão rápido. E aquela brisa que batia... mas algo mudou, ele percebeu que eu estava a vontade e ficou feliz eu acho, então ele fez um voo muito inclinado para cima e a sensação foi assustadora, um frio na barriga enorme, eu ia cair.. e quando estávamos bem alto ele soltou aquele fogo da boca, nessa hora eu estava de olhos fechados, mas eu senti. Começou a amanhecer e ele me levou de volta até a varanda. Sentei na rede e fiquei olhando pra ele na minha frente, seu tamanho começou a diminuir, diminuir, diminuir.. até que ele sentou na mesinha e virou só uma peça vinda da china e não aquele dragão que era meu. Fiquei ali, até que dormi de novo. Quando acordei, claro que eu entendi que tudo aquilo tinha sido um sonho. Mas por que eu estava com outra roupa? Eu troquei a minha roupa dormindo? Que estranho...

Esse foi o primeiro conto. Desculpem os erros, isso se alguém ler.